Home na praia. com apele vermelha a sugerir um escaldão
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O (DES)CONFORTO DO TOQUE, (EXCESSO DE) SOL E O CANHAMO

by Eunice Veloso on Jun 05, 2025

Nós, humanos, sentimos a necessidade de conexão — seja um a um, seja em grupo — como uma forma de aumentar as nossas probabilidades de sobrevivência. Pelo menos, era assim antes da internet.

Hoje, parece que essa característica essencial da nossa espécie está a mudar. Quem sabe, talvez daqui a milhares de anos, o ser humano já não precise de se conectar da mesma forma. Mas, por enquanto, ainda precisamos. E o toque é uma das formas mais profundas e instintivas de alimentar essa conexão.

Mas quem é que tolera o toque — essa necessidade tão humana — depois de um escaldão?

Aqui vamos falar do sol (em excesso ou fora das horas de exposição saudável) e do cânhamo, que já sabemos que é canábis com teor de THC controlado para valores inferiores a 0,3%).


O SOL, O EXCESSO E OS FILTROS UV

O sol é fonte de vida. Mas também pode ser fonte de riscos para a nossa saúde. 
Entre 80% a 90% da vitamina D é produzida pelo nosso corpo quando os raios UVB entram em contacto com a pele, o que activa a sua produção inicial a partir de partículas de colesterol. 

Alimentos como peixes gordos (salmão, sardinha), gema de ovo, fígado e cogumelos são fontes ricas em  colesterol. Mas são os raios solares que que permitem o processo. Sem a luz solar, de obter vitamina D é pelos suplementos, mas essa é sintética.

Apanhar sol com moderação e pricipalmente se for conjugado com movimento é muito saudável. No entanto, é importante respeitar os horários seguros (antes das 10h e após as 16h). 

Quando consumido sem critério, o sol, tal como a canábis podem transformar-se em poderosos inimigos.

Composição de tr^eimagens com um paisagem de fundo com o so sobre o mar. Uma imagem com uma rapariga na praia em biquini a caminhar ao sol, outra imagem com uma mão a segurar uma capsula de um suplemento de vitamina D; outr image com alimentos ricos em colesterol que promove a produção de vitamina D

FILTROS UV, ESCALDÕES E PROTEÇÃO: QUANDO O SOL PASSA DO LIMITE

Mas e se você  distraiu (com a exposição ao sol)?
E se a sua pele não é das que tem protector solar natural incorporado (elevada quantidade de melanina)? 
E se você só deu conta do escaldão depois dele acontecer?

Dependendo da hora, quando no expomos á luz solar, podemos estar expostos a 2 tipos de radiação ultravioleta (UV): os raios UVA e raios UVB.

Os raios UVA tem uma penetração profunda e aceleram o envelhecimento da pele: podem aumentar o risco de desenvolver cancro na pele. 

Os raios UVB são os que causam os escaldões.

A pele, quando agredida pelos raios UVB, reage com um processo inflamatório que pode demorar até 24 horas a aparecer: vermelhidão, dor, e em casos mais graves, náuseas, vómitos, arrepios e até desmaios.

Ingredientes naturais como o CBD também podem ajudar na recuperação pós-sol, com acção nutritiva, hidratante e calmante — uma forma natural de cuidar, prevenindo danos futuros e permitindo a recuperação mais rápida da pele após um descuido de um dia de sol.

Queimadura solar no ombro

O CÂNHAMO PARA ACALMAR A PELE INFLAMADA PELO SOL

As queimaduras do sol – também chamadas de escaldões – não causam apenas vermelhidão e dor.

Elas são inflamações agudas da pele que, quando frequentes ou intensas, podem deixar marcas profundas na saúde. 

O corpo tenta curar-se enviando mais sangue para a região queimada, numa tentativa de reparar as células danificadas. Porém, nem todas conseguem ser reparadas. 

Algumas dessas células podem sofrer mutações, e, com o tempo, evoluir para lesões pré-cancerosas ou mesmo câncer de pele. Por isso, mais do que aliviar o incômodo, é essencial tratar e proteger a pele corretamente.

 

Cânhamo e CBD: calmante natural para a pele

O óleo de cânhamo e os produtos à base de CBD (canabidiol) têm ganho destaque como aliados no cuidado pós-sol. Isso porque o CBD possui propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e hidratantes. 

Mulher co aparência de uma pele saudável a segurar uma folha de cânhamo

Como a queimadura solar é, essencialmente, uma inflamação, faz sentido considerar o uso de CBD para aliviar os sintomas:

  • ele reduz a dor ao modular receptores nervosos, tem acção antibacteriana e ajuda a manter a pele hidratada com seus óleos naturais.
  • além disso, o cânhamo contém ácidos graxos ômega-3 e GLA (ácido gama-linolênico), que não só reduzem a vermelhidão como também ajudam a impedir que células danificadas se tornem mutantes.

 

O que a ciência já descobriu (e sustenta)?

Segundo uma revisão publicada no International Journal of Molecular Sciences (PMC7867360), o CBD interage com o sistema endocanabinoide da pele, especialmente com os receptores CB1 e CB2. 

Esses receptores regulam processos inflamatórios, imunológicos e de regeneração celular.

Estudos em modelos animais e laboratoriais demonstraram que o CBD pode reduzir inflamações, promover cicatrização e modular a proliferação celular. Embora sejam necessárias mais pesquisas em humanos, os resultados são promissores e indicam que o cânhamo pode ser um aliado não só no alívio imediato do escaldão, mas também na prevenção de danos futuros à pele.

Conclusão: aproveitar o sol com responsabilidade e usar loções de cânhamo após a exposição pode ser uma estratégia inteligente – e natural – para manter sua pele saudável hoje e no futuro.

 

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REFERÊNCIAS e ARTIGOS RELACIONADOS:
Escrito com a ajuda da IA

https://www.amsterdamgenetics.com/can-you-put-cbd-oil-on-a-sunburn/
https://puuretherapeutics.com/can-hemp-lotion-heal-a-sunburn/
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7867360/

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Este artigo tem caráter unicamente informativo e não deve ser interpretado como aconselhamento médico. Qualquer decisão relacionada ao uso de cannabis medicinal deve ser tomada exclusivamente sob orientação do seu médico assistente.

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