STRESS TERMICO: AFECTA-O A SI E TAMBEM A SUA PLANTINHA DOMESTICA
by Eunice Veloso on Aug 14, 2025
Hoje vamos falar, claro, daquela sua plantinha de canábis ou cânhamo que tem num vaso aí por casa. O calor excessivo afecta-nos a todos — e as plantas não são excepção.
Pode parecer óbvio, mas os efeitos do stress térmico vão muito além de umas folhas murchas.
Neste artigo, vamos explicar de que forma o calor em excesso pode prejudicar a sua planta e que estratégias pode adoptar para mitigar os danos.
E se consome canábis — seja com fins medicinais ou recreativos — ou até produtos de cânhamo, como óleos de CBD, há outro ponto a ter em conta: as altas temperaturas não só podem afectar a qualidade dos produtos derivados, como também interferir com o seu próprio biorritmo.
#1. Stress térmico: o que é e como afecta a sua planta doméstica?
A canábis é uma planta bastante resistente, capaz de prosperar em climas quentes. No entanto, temperaturas excessivas podem provocar stress térmico, que se manifesta de várias formas.
O que é excesso de calor para a canábis?
Assim como os seres humanos, as plantas transpiram. No caso da canábis, quando a temperatura ultrapassa os 30 °C, a taxa de transpiração aumenta, causando maior perda de água e possível desidratação. Isso compromete a absorção de nutrientes e, consequentemente, o desenvolvimento saudável da planta.
Na fase vegetativa, temperaturas entre 24 °C e 30 °C favorecem um crescimento vigoroso, com folhas e raízes bem desenvolvidas e uma absorção de nutrientes eficiente — resultado de uma fotossíntese otimizada.
Durante a floração, é crucial manter as temperaturas abaixo de 28 °C, garantindo o desenvolvimento ideal dos botões florais e a produção de canabinoides na planta.
O stress térmico manifesta-se quando uma planta é exposta a temperaturas além da sua zona de conforto, que perturbam funções vitais como a fotossíntese, respiração e absorção de nutrientes.
Em condições de calor excessivo, as plantas não conseguem regular internamente a sua temperatura, o que interferirá no seu metabolismo, podendo levar a desidratação, queimaduras nas folhas ou até à morte.
O stress térmico provoca:
- Desidratação e murcha
- Fotossíntese reduzida
- Danos na folhas
-
Crescimento lento da planta
Um dos sinais mais visíveis de stress térmico é o enrolamento das pontas das folhas de leque para cima, o que lhes confere um aspeto seco e murcho.
Também são frequentes manchas marrons irregulares nas bordas das folhas, acompanhadas por descolorações amareladas. Quando estes sintomas ocorrem na fase vegetativa, podem indicar stress térmico, especialmente se as folhas superiores estiverem mais afetadas.
Durante a floração, o calor extremo pode acelerar processos de maturação, como a degradação de tricomas, e provocar um aspeto prematuramente "maduro" nas plantas .
Além disso, em algumas fases, pode surgir o fenómeno conhecido como “rabo de raposa”: brotos pequenos surgem sobre botões mais maduros como resposta de sobrevivência.
Em resumo, o stress térmico compromete a saúde geral da planta, diminui a eficiência metabólica e gera sinais físicos como folhas curvadas, manchas e alterações na maturação — tudo efeitos diretos de temperaturas desfavoráveis ao seu desenvolvimento.
#2. Como proteger a sua planta doméstica do calor excessivo?
Proteger uma planta doméstica do calor excessivo requer uma combinação de estratégias que ajudem a manter a temperatura ambiente dentro da sua faixa ideal.
O primeiro passo é controlar o microclima. Em cultivo interior, o uso de ventiladores oscilantes e exaustores ajuda a renovar o ar e a dissipar o calor acumulado junto às folhas . Uma ventilação equilibrada evita zonas de ar parado, onde a temperatura pode subir rapidamente.
Outra medida eficaz é ajustar a iluminação. Lâmpadas HID ou HPS produzem muito calor e podem ser substituídas por LEDs, que mantêm temperaturas mais baixas. Também é importante manter uma distância adequada entre a luz e a copa da planta para prevenir queimaduras.
Para quem cultiva no exterior, criar zonas de sombra temporárias durante as horas de maior intensidade solar — por exemplo, com redes de sombreamento — reduz a exposição direta e ajuda a baixar a temperatura das folhas. Em climas muito quentes, regar nas horas mais frescas (manhã cedo ou final da tarde) contribui para estabilizar a temperatura radicular e evitar perdas excessivas de água por evaporação .
Por fim, a monitorização constante é essencial. Termómetros e higrómetros permitem reagir rapidamente a alterações na temperatura ou humidade, prevenindo que a planta atinja níveis de stress antes que se tornem irreversíveis. Pequenas intervenções a tempo podem salvar todo o ciclo de cultivo.
#3. E a si, que consome canábis/cânhamo ou derivados: quais os efeitos e como proteger-se do calor excessivo?
No verão, as altas temperaturas podem alterar significativamente a sua experiência com canábis.
O THC degrada-se com o calor, transformando-se em CBN, que é mais sedativo e menos psicoactivo; os terpenos evaporam-se a partir dos 21 °C, levando à perda de aroma e sabor.
Além disso, o calor torna o organismo mais sensível: a absorção do THC é mais rápida e poderosa, graças à circulação sanguínea intensificada e ao metabolismo acelerado.
A desidratação agrava estes efeitos — o calor e o THC podem provocar boca seca, tonturas e batimentos cardíacos acelerados, e o corpo deixa de regular bem a temperatura.
Proteja-se desta forma: conserve os produtos de canábis em local fresco e escuro, utilize doses mais baixas e espaçadas, mantenha-se bem hidratado, e evite consumos durante o período de maior calor.
REFERÊNCIAS
Escrito com a ajuda da IA
https://www.organic-growshop.com/how-to-protect-cannabis-plants-from-summer-heat-stress/
https://humboldtseedcompany.com/pt/cannabis-heat-stress/
https://www.medwellhealth.net/cannabis-and-the-heat-what-you-need-to-know-about-summer-highs/
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https://www.hempathiclight.com/blogs/news/canabis-no-congelador-sim-porque-nao
https://www.hempathiclight.com/blogs/news/de-baixo-para-cima-assim-deves-regar-a-tua-canabis-envasada
AVISO: Este artigo tem caráter unicamente informativo e não deve ser interpretado como aconselhamento médico. Qualquer decisão relacionada ao uso de canábis medicinal deve ser tomada exclusivamente sob orientação do seu médico assistente.
